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REVISTA DA PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE

compreendida como essencial à função jurisdicional do Poder

Público, quando não com ela confundida.

Nessa senda, de todas as Procuraturas

Constitucionais, a Advocacia de Estado foi a primeira

a ter definidos seus caracteres essenciais, mantendo

institucionalmente suas atribuições precípuas durante todo o

período colonial e imperial brasileiro.

Realmente, desde as Ordenações Afonsinas,

Manuelinas

34

e Filipinas

35

, o Procurador dos Nossos Feitos –

cargo posteriormente dividido em Procurador dos Feitos da

Coroa e Procurador dos Feitos da Fazenda era o responsável

pela representação da Coroa em juízo, que previram sua

competência como guardião da jurisdição do Reino, diante de

eventual usurpação pela Igreja.

Ao ser constituída a Relação do Estado do Brasil

36

,

o Procurador dos Feitos da Coroa e Fazenda voltou a ser a única

figura da Advocacia de Estado, exercendo a integralidade das

atribuições de representação judicial do Poder Público. Tais

funções foram conservadas quando da instituição da Relação

do Rio de Janeiro

37

e da Casa da Suplicação do Brasil

38

,

34 PORTUGAL. Ordenações Manuelinas on-line. Universidade de

Coimbra. Disponível em:

<http://www.ci.uc.pt/ihti/proj/manuelinas

>.

Acesso em: 26 abr. 2011.

35 PORTUGAL. Ordenações Filipinas on-line. Universidade de Coimbra.

Disponível em:

<http://www.ci.uc.pt/ihti/proj/filipinas/ordenacoes.htm

>.

Acesso em: 26 abr. 2011.

36 MACEDO JÚNIOR, Ronaldo Porto. A evolução institucional do

Ministério Público brasileiro. In: SADEK, Maria Tereza (Org.). Uma

introdução ao estudo da Justiça. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de

Pesquisas Sociais, 2010, p. 68.

37 WEHLING, Arno; WEHLING, Maria José. Direito e Justiça no Brasil

Colonial: o Tribunal da Relação do Rio de Janeiro (1751-1808). Renovar:

Rio de Janeiro, 2004, p. 121.

38 BRASIL. Leis Históricas: Alvará de 10 de maio de 1808. Disponível

em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/revista/Rev_25/alvar1005.

htm>. Acesso em: 8 mai. 2011.