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ROBERTO FERREIRA DA SILVA

para exercer o controle da constitucionalidade é exercida pelo

judiciário de modo limitado, uma vez que “o legislativo detém

o poder de desfazer as ações da corte ou, preventivamente,

resguardar as leis de uma revisão pelas cortes”. Essas

disposições impulsionaram a “promoção de parceria” ou

diálogo, uma espécie de acordo de boa convivência, entre

as cortes e o legislativo, cuja natureza foi modificada em

1995, com o julgamento do caso Hamizrachi, quando, sob os

efeitos das Leis Básicas: Dignidade Humana e Liberdade e

Liberdade de Ocupação, aprovadas em 1992, “ficou garantida

formalmente a proteção aos direitos humanos”.

O legislativo houve por bem minimizar o emprego

do poder de interferir sobre as decisões do judiciário, num

primeiro momento, e depois viu-se impedido por dispositivos

das aludidas leis, conforme já comentado neste artigo, de

encetar qualquer mudança das decisões judiciais, que não

efetivadas através do uso de seus poderes de assembléia

constituinte de emenda constitucional, “por se tratar de leis

básicas, portanto com status constitucional”. O Knesset e o

Judiciário souberam administrar um perfeito equilíbrio nessa

relação de parceria, com concessões recíprocas de exercício de

poder, pelo menos até fevereiro de 2008, quando o Ministro da

Justiça de Israel, Daniel Friedmann

107

, apresentou ao Conselho

de Ministros do governo (Gabinete) uma moção com o

107Disponível em:

<noticias.terra.com.br/mundo/interna/0

,OI3164293-

EI308,00.html>. GOVERNMENT aproves motion to limit Supreme’s

Court Power.

Israel NewsYnetenews

,

[S.l.], [2009]. Disponível em:

<http://www.ynetnews.com/articles/0,

7340,L-3593071,00.html>.

Acesso em: 15 set. 2008.