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REVISTA DA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO DO ACRE
que seja capaz de substituir aquelas emoções negativas por
características humanas mais nobres, como a cooperação, o
altruísmo e a generosidade.
É possível a criação de organizações e comunidades
mais eficientes, harmoniosas, criativas e solidárias, baseada
em processos participativos e na capacidade das pessoas de
aprender e se adaptar. E o caminho para isso é mais fácil do
que se pensa, porque suas raízes já estão presentes, ainda que
adormecidas, no íntimo de cada pessoa.
Não é difícil observar que nas organizações muitos
de seus integrantes gostam e tem orgulho do que fazem,
porém abominam seus chefes. É preciso perceber que ter
grande currículo não significa ser um grande líder. E que
devido à falta de competência e habilidade dos chefes na
área de relacionamento humano, os subordinados não são
adequadamente liderados e excelentes profissionais tornam-se
inoperantes e ineficazes, ainda que neles tenha havido altos
investimentos em cursos de capacitação.
O modelo tradicional de liderança, onde o chefe
se concentra exclusivamente na implantação e execução
de mecanismos de comando e controle, funcionou em
outras épocas, onde não havia grandes necessidades de uma
administração transparente e as pessoas eram alienadas e não
participavam das decisões tomadas pelos superintendentes,
diretores, delegados, etc. Hoje, esse gerenciamento já não é
paradigma para as grandes transformações que vem ocorrendo
com as sociedades globalizadas, nem para as exigências de
políticas públicas transparentes e de servidores qualificados,
conscientes e participativos da administração pública.