271
REVISTA DA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO DO ACRE
e a emergência de novos modelos civilizatórios, como por
exemplo, a consolidação dos blocos regionais de interesse,
o envolvimento e o esforço das coletividades sociais para
a cooperação transnacional, a constituição de instituições
multilaterais de cooperação, de regulamentação e de decisão
sobre os conflitos de interesses e o estabelecimento de
princípios que garantam direitos basilares a toda e qualquer
pessoa, bem como o acesso de todos os indivíduos aos bens,
serviços e informações propiciados pela modernidade.
Nestes tempos de mudanças, incertezas e crises,
tornaram-se propício para se questionar o modelo tradicional
de liderança no qual os líderes estão habituados exclusivamente
aos mecanismos de comando e controle, de forma que diante
das pressões reagem automaticamente puxando ainda mais as
rédeas e impondo padrões de conduta e de produtividade.
A todo momento a natureza nos dá a grande lição
de que para existir e se desenvolver a vida gera e organiza
na medida certa e de forma flexível, adaptável, interativa,
consciente e criativa todos os recursos que necessita.
Essa lição não pode ser ignorada. Acredita-se que
se as dinâmicas básicas da natureza podem ser vivenciadas
e compartilhadas pelas pessoas e organizações em todos os
lugares e em qualquer cultura.
Nas organizações, o modelo tradicional de liderança
tem conduzido seus responsáveis ao fracasso porque produz
emoções primitivas de medo, escassez e egoísmo, que
acarretam frustração e indiferença das pessoas ao mundo.
Por isso, é necessária uma liderança nova nas organizações,