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REVISTA DA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO DO ACRE
Aanálise deHannahArendt tambémexplica que nunca
se deve privar o ser humano da oportunidade de empreender
alguma nova e diferente daquilo que já existe, porque é o
poder de co-criação e a perspectiva de se responsabilizar pela
construção do próprio mundo que o motivam à ação inovadora,
à realização do milagre humano, “porque os homens, enquanto
puderemagir, são aptos a realizar o improvável e o imprevisível,
e realizam-no continuamente, quer saibam disso, quer não”.
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Para resgatar a verdadeira essência e a razão de ser da
política, enquantoarenadedebatesedeliberaçõessobrequestões
societais de interesse comum, e para que cada cidadão valorize
sua dimensão de ser político é necessário que se construam
e espaços políticos públicos e livres a serem ocupados pelos
diferentes atores institucionais e não institucionais, de modo
que haja condições necessárias à expressão de tanto das ações
humanas que buscam a mera subsistência quanto das formas
de espontaneidade e de valores que dão sentido e propósito à
vida, tal como o sonho de uma vida feliz e virtuosa ou de um
mundo plural, solidário e comum a todos.
Por isso Hannah Arendt
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defende que a política não
pode ser reduzida a um instrumento que serve para atingir um
fim específico de conquista ou manutenção de poder. Mais do
que isso, a política pode e deve ser a visão sobre possível e
necessária evolução da convivência humana, um elo a manter
validade. Tradução de Flávio de Beno Siebeneichler. Rio de Janeiro:
Tempo Brasileiro, 1997, p. 99.
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ARENDT, Hannah. A dignidade da política. Tradução de Helena
Martins. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1993. p. 122.
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ARENDT. Hannah.Apromessa da política. Tradução de Pedro Jorgensen
Jr.; Revisão técnica de Eduardo Jardim; Organização e introdução de
Jerome Kohn. Rio de janeiro: DIFEL, 2008.