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ROBERTO FERREIRA DA SILVA
Israel, publicou artigo intitulado “O aniversário do Knesset:
A hora da Constituição”. Manifestando o seu ponto de vista,
apontou que merecia crítica a acomodação dos israelenses em
relação à necessidade de se elaborar uma constituição para
o país e romper um
status quo
contemplativo. A oposição
histórica entre sionistas e ortodoxos, “fê-los acreditar
no arrefecimento do ímpeto que os movia em maio de
1948”. Para os primeiros, liderados ideologicamente por
Ben-Gurion, “duas décadas seria o suficiente as tradições
religiosas fossem flexibilizadas e, para esses últimos,
finalmente prevaleceria a tradição sobre ideais políticos”, e
assim tentaram obter benefícios que supostamente o tempo
poderia lhes oferecer; no que estavam, ambos, errados.
Para se contrapor a essa realidade, cria Abraham
Burg que uma Constituição poria fim ao conflito e que ela
mesma representaria “um novo princípio fundamental”,
que renovaria a vida da nação, bem imaterial tão grato
a todos os judeus. Sua idéia era que se aprovasse uma
Constituição “sem a declaração formal de um Estado
confessional, mas mantendo a religião judia preservada à
parte do diploma”. Sobreviveu, apenas, o sonho do discurso
88
.
Em fevereiro de 2006
89
, o Primeiro-Ministro Ehud
Olmert, no Parlamento, em sessão do pleno, asseverou que o
88 BECERRA, Manuel J. Terol.
Ni la ortodoxia ni el laicismo quieren
desaparecer
. Disponível em: <http://
www.nuevarevista.net/2004/agos-to/nr_articulos94_2.html>. Acesso em: 12 jun. 2009.
89 OLMERT
:
Israel needs constitution. Disponível em:
<http://www.yne- tnews.com/Ext/Comp/ArticleLayout/CdaArticlePrintPreview/1,2506,L
...>. Acesso em: 01 fev. 2009.