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REVISTA DA PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE

Expressão que, aliás, figura nos acordos que constituíram a

base da entrada de partidos religiosos no Governo logo após

sua independência. “O princípio implica a não introdução de

modificações às disposições inicialmente acordadas entre o

Estado e as autoridades religiosas nesta área particularmente

sensível”

80

.

Baseado nos estudos do jurista Uriel Lin, em 2000,

o Primeiro-Ministro Ehud Barak iniciou a discussão de um

projeto de criação de Constituição para Israel com ênfase

na separação do Estado da Religião. Entre outras mudanças

previstas nas normas em vigor estariam a “supressão do

registro obrigatório da religião no documento de identidade,

a revogação da obrigatoriedade de os restaurantes, e afins,

contratarem fiscais de supervisão da preparação das refeições,

conforme as regras dietéticas (Kashrut) do judaísmo e,

principalmente, a liberação para a realização de casamento

civil, atualmente efetivado por autoridades religiosas cristãs,

muçulmanas ou judaicas, conforme o credo dos nubentes”. A

medida foi considerada como uma “apostasia” pelos líderes

dos partidos religiosos do Knesset que acusam Barak de estar

destruindo a unidade da comunidade judaica e violando os

preceitos fundamentais do judaísmo

81

.

Em outubro de 2004, o Haaretz–Israel News

divulgou que a “mais contundente abordagem” de religiosos

ortodoxos sobre a aventura de se elaborar um diploma

80 ENGLARD, Izhak, 1990 apud PEREIRA, op. cit., p. 299.

81 WURGAFT, Ramy.

Los ortodoxos reaccionam contra La “Cons-

titucion de Barak”

. Disponível em:

<www.elmundo.es/2000/09/22/

internacional/22N0068.html>. Acesso em: 1 fev. 2009.