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REVISTA DA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO DO ACRE

aqueles que, de forma precária, iniciam atividades por conta

própria, a partir da crise da borracha.

Na década de 60, com a reorientação política

governamental beneficiando o desenvolvimento do capitalismo

no país, inicia-se uma fase de políticas especiais para a

Amazônia que acarreta muitas transformações em relação à

posse da terra na região, especialmente no Acre. (DUARTE,

1987).

As novas expectativas de desenvolvimento na

região acreana significam o inicio de inúmeros conflitos entre

seringueiros e os novos latifundiários pecuaristas.

2.3 RESISTÊNCIA E LUTA DOS SERINGUEIROS

Não bastasse a vida laboriosa e precária dos

seringueiros, instaura-se a partir da década de 70 o “terror e

violência no mundo dos seringais.” (PAULA; SILVA, 2006,

p.15). Nesse período várias extensões de terras de antigos

proprietários seringalistas foram transferidas para as mãos

de proprietários de outros estados do país, “denominados

genericamente na região por

paulistas

” (DUARTE, 1987, p.55,

grifos do autor). O interesse pelas terras da região não foi por

acaso, mas sim pelo resultado de incentivos governamentais,

sob o argumento de desenvolvimento econômico para a região.