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REVISTA DA PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
recursos disponíveis para alcançá-la. A avaliação e o controle
se tornam inadequados porque não foram estabelecidos
previamente os indicadores dos resultados a serem atingidos.
A função gerencial se transforma em um sistema
de ordens em contextos dispersos, que não vêm o sistema
de forma integrado, do qual a assistência farmacêutica é um
componente importante, afastando o gestor da compreensão
da sua realidade atual, da desejada e das consequências das
alternativas possíveis de intervenções, o que limita as ações
de planejamento e de tomada de decisão.
A alta rotatividade de pessoal nos órgãos e
setores é outra agravante que prejudica o desenvolvimento, a
implantação e o aperfeiçoamento de rotinas para os serviços,
uma vez que há a necessidade de tempo de adaptação no
trabalho e às suas especificidades.
Estão entre as principais consequências dessa
gestão deficiente a piora na qualidade da atenção à saúde dos
usuários do SUS, insatisfação destes, dispensação incompleta
dos medicamentos prescrito e um retardamento na recuperação
da saúde dos pacientes.
Diante desse quadro, importante dar relevo
às recomendações daqueles que lidam com a temática e
asseveram que um dos meios de se lidar com as dificuldades
que envolvem o fornecimento de medicamentos é
antecipar-se a ela, participando ativamente
das discussões sobre os rumos da unidade,
a evolução do seu perfil de atendimento
e o planejamento das ações de saúde
desenvolvidas, de modo a permitir a
proposição de alternativas mais racionais de
abordagem dos problemas.