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REVISTA DA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO DO ACRE
começou a luta em 6 de agosto de 1902, em
Xapuri. A Guerra entre o exército acreano
e as forças regulares bolivianas foi dura e
passou por momentos sangrentos, durando
até 24 de janeiro de 1903, quando foi tomada
Puerto Alonso, transformada então em Porto
Acre. Mais uma vez foi declarado o Estado
Independente do Acre, embora o objetivo
final dos acreanos continuasse sendo obter
a anexação do Acre ao Brasil. (NEVES;
ANTUNES; SILVEIRA, 2002, p.10).
O desfecho dessa história se dá com o Tratado de
Petrópolis, redigido pelo Ministro das Relações Exteriores
Barão do Rio Branco e assinado no dia 17 de novembro de
1903 entre o Brasil e Bolívia, “havendo no acordo permuta
de territórios e a indenização à Bolívia pelo Brasil, cujos
valores foram pagos com os impostos de exportação colhidos
pela União com a venda da borracha produzida no Acre […]”
(COSTA, 2005, p.61).
Através do tratado de Petrópolis o Acre foi anexado
como território do Brasil, “restando ainda o problema com o
Peru, que só seria definitivamente resolvido em 8 de setembro
de 1909, com a assinatura do tratado do Rio de Janeiro.”
(NEVES; ANTUNES; SILVEIRA, 2002, p.10).
Por fim, em 15 de junho de 1962, o Acre é elevado à
categoria de Estado da Federação brasileira através da Lei nº
4.070 de 15 de junho de 1962. Desde então, o Acre é um Estado
da República Federativa do Brasil, devidamente amparado
pela Constituição de 1988.