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REVISTA DA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO DO ACRE

ver a si mesmo como um ser estimado em suas capacidades e

em seu valor individual.

Honneth afirma que as três formas denegatórias de

reconhecimento já apresentadas podemsermotivadoras de lutas

por reconhecimento. (HONNETH, 2009). O autor denomina

esse processo de luta como “gramática moral” dos conflitos

sociais, porque seguem a seguinte lógica: para cada forma de

reconhecimento negado ocorre uma luta por reconhecimento

em que determinado ponto de vista moral pode ser criticado

e expandido positivamente no processo de desenvolvimento

político e social de uma coletividade.

As formas de negação do reconhecimento do direito e

da estima social são potencialmente capazes de afetar a outros

sujeitos, por possuírem finalidades individuais mais abertas

para as universalizações sociais. O que já não ocorre no âmbito

das relações primárias do amor, onde as relações são mais

estreitas e limitadas. (HONNETH, 2009).

O autor define o que deve ser entendido por luta

social:

Trata-se do processo prático no qual

experiências individuais de desrespeito são

interpretadas como experiências cruciais

típicas de um grupo inteiro, de forma que

elas podem influir, como motivos diretores

da ação, na exigência coletiva por relações

ampliadas de reconhecimento. (HONNETH,

2009, p.257).