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ROBERTO FERREIRA DA SILVA

distinção entre as leis comuns e as leis denominadas básicas,

onde essas últimas foram idealizadas para constituir o corpo de

uma futura constituição.

Atualmente os debates a respeito da necessidade,

ou não, de uma constituição formal nesses países têm ocorrido

em fóruns privilegiados onde o ocidente jurídico jamais

imaginaria que o assunto fosse questionado com veemência,

tal como vem ocorrendo, por exemplo, no Reino Unido.

A mídia internacional tem dado destaque ao fato

de que naquele país, principalmente durante as campanhas

eleitorais, a reforma constitucional tem sido recorrentemente

um instrumento de apoio utilizado por políticos ingleses,

candidatos ao cargo de Primeiro-Ministro, como Neil Kinnock

5

- derrotado por John Major- e, em depois por Tony Blair.

Apoiado por este último, Gordon Brown, então Ministro da

Economia e candidato à chefia de governo, declarou à imprensa

que “se empenharia para que o Reino Unido tivesse uma

constituição escrita, que pontuasse os princípios fundamentais

do Estado, estabelecesse os limites dos poderes do governo e do

Parlamento, ampliasse a autoridade da Câmara dos Comuns em

sua fiscalização do Executivo” e que expusesse “claramente os

direitos e responsabilidades dos cidadãos”, tornando universal

o conhecimento das normas constitucionais, até então matéria

5 MAZA, Celia. ?Necesita Reino Unido uma Constitución?.

El Confi-

dencial

,

Londres, 31 mai. 2009. Disponível em:

<http://www.elconfidn

-

cial.com/cache/2009/05/31/mundo_36_necesita_reino_unido_constitu-

cion...>. Acesso em: 17 jun. 2009.