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LUCIANO JOSÉ TRINDADE

Mas é o gaúcho Plácido de Castro quem inicia a

definitiva guerra contra os bolivianos, começando em Xapuri,

no dia 6 de agosto de 1902, o movimento revolucionário que

culmina com a proclamação do Estado Independente do Acre,

após as tropas bolivianas serem derrotadas em Puerto Alonso,

no dia 24 de janeiro de 1903.

O encerramento das disputas bélicas pela região

do Acre é acordado oficialmente pelo Tratado de Petrópolis,

firmado em 17 de novembro de 1903, através do qual a região

do Acre, finalmente, foi reconhecida como integrante do

território brasileiro.

Posteriormente, com o Tratado Brasil/Peru,

firmado em 8 de setembro de 1909, as fronteiras internacionais

do Brasil na região do Acre são fixadas em definitivo.

Não obstante, após a elevação do Território Federal

do Acre à categoria de Estado, através da Lei Federal 4.070,

de 15 de junho de 1962, percebe-se a necessidade de melhor

delimitação das fronteiras interestaduais do Acre, vez que

tanto a linha reta “Cunha Gomes” (ou Javari-Beni) quanto a

linha quebrada proposta pelo Conselho Nacional de Geografia

em 1940 situavam parcialmente as cidades de Cruzeiro do Sul,

Tarauacá, Feijó e Sena Madureira além dos limites do Acre, já

em território do Amazonas.

Destarte, em 1986 os Estados do Acre, Amazonas

e Rondônia firmaram o convênio nº 026/86, no Processo

7.346/82/IBGE, através do qual criaram a Comissão Tripartite

com a finalidade de estabelecer as divisas e os limites