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Dona Vera, porque a sua história

de vida se confunde com a da

PGE?

Eu sempreme dei muito bem com

todo mundo. Toda a vida cumpri

minhas obrigações. Sempre fui

muito rígida com pontualidade,

com assiduidade, com horário.

Na minha concepção a gente

consegue as coisas assim. Não é

com tapinhas nas costas, não é

puxando o saco. Tudo que eu

conquistei foi com o meu mérito,

com meu esforço. Eu acho que

cresci junto com a Procuradoria.

Eu a v i c rescer. Sa i r do

praticamente nada e ser o que ela

é hoje... Eu me sinto meio mãe de

todos os Procuradores.

O que seria esse “sair do nada”?

Pra você ter uma ideia, o passado

com o presente é incomparável. É

um giro de 180 graus. O prédio da

PGE funcionava na esquina da

[avenida] Getúlio Vargas com a

[rua] Rio Grande do Sul, no antigo

prédio do INSS. A gente ficava

t raba l hando emba i xo e a

Secretar i a de Indús t r i a e

Comércio funcionava em cima.

Quando eu entrei, o Procurador-

Geral era o Eduardo Teixeira

Brancato.

De lá nós fomos para um prédio,

um casarão velho, ali no

cruzamento que tem a Rádio

Difusora. E ficamos lá um bom

tempo. Lá no casarão, o Brancato

deixou de ser o Procurador

–Chefe e entrou Hélio Freitas. E

ele ficou uns seis anos. Desse

casarão, nós fomos para o porão

do Palácio das Secretarias, o

famoso “Porão”. Ali foi horrível.

Foi a pior experiência. Aquilo ali, a

pessoa só entrando ali, porque

a i nda t em a l g uma c o i s a

funcionando lá, para saber o que

era aquilo. Era horrível. A gente

descia a escada e na entrada

tinha aquela coisa escura, úmida.

Tinha uma espécie de corredor,

tinha a sala de gabinete... Aí tinha

uma o u t r a s a l i n h a d o

Procurador-Geral. Sabe, tinha

aquela coisa de porão mesmo.

Horrível, horrível... era muito feio.

Teve colega nosso que adoeceu.

Aquilo ali não se compara a nada.

Por quais funções a senhora

passou?

Na gestão do Hélio Freitas, nesse

intermédio eu era chefe de

gabinete, depois fui chefe de

pessoal. Então eu passei a ser

chefe do depar tamento de

administração. Depois eu só

fiquei no centro datilográfico. De

lá pra cá, eu fiquei apenas no

gabinete, como secretaria.

Depois, já na gestão do Dr. Edson

Amér i co Manch i n i , eu fu i

designada para o setor de

06

PGE TEM

história

Filha de pai chileno, surdo e mudo, e mãe brasileira, Vera Lúcia Lopes Souza, 59 anos, acreana de

Brasiléia, casada emãe de três filhas, tem32 anos de serviços prestados à Procuradoria-Geral do Estado do

Acre (PGE) e comanda a Coordenadoria deMaterial e Patrimônio desde 1999.

Dona Vera ingressou na Procuradoria em 1980 e não poderia deixar de ser homenageada com entrevista

para o Boletim Informativo nomês emque a PGE completa 35 anos.

Confira a entrevista:

Boletim da PGE Acre | Abril

PGE-AC