domingo, dezembro 22, 2024
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Mulheres que inspiram e que fazem a diferença

No mês da Mulher, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE/AC) enaltece e homenageia mulheres fortes e determinadas que se tornam inspiração para outras.

Olívia Maria Alves Ribeiro, atualmente Juíza de Direito Titular da 1 Vara de Proteção à Mulher da Comarca de Rio Branco, é uma dessas mulheres. Com uma trajetória de vida voltada para os estudos, foi professora Universitária e na rede básica de ensino, atuou como advogada, foi defensora pública e procuradora-geral do Estado.

“Sou natural do Acre e venho de uma família matriarcal, de descendência portuguesa, em que as mulheres tem o comando de tudo. A minha infância já foi direcionada para o trabalho, para a responsabilidade. Ao mesmo tempo que eu gostava muito de estudar. Então, o tempo que me sobrava era voltado para estudar”.

Olívia Maria Alves Ribeiro é Juíza de Direito Titular da 1 Vara de Proteção à Mulher da Comarca de Rio Branco. Foto: Ravenna Nogueira

Olívia é formada em Letras e em Direito, pela Universidade Federal do Acre (Ufac), onde deixou de ser aluna para ser professora e acumulou outras funções do Direito com a de docente por um longo período. Foram 13 anos como professora universitária e 22 anos somando o tempo que lecionou na rede básica. Hoje, faz mestrado em Direitos Humanos.

Era advogada quando surgiu a oportunidade de fazer o concurso para defensora pública e passou nas primeiras colocações, em 1985. Quando surgiu a Constituição de 1988, as carreiras de defensor e procurador foram divididas e ela optou por ser procuradora do Estado, chegando ao cargo de procuradora-geral do Estado, após passar por diversas funções na PGE/AC. Foi também presidente da Associação dos Procuradores do Estado (Apeac).

“Quando cheguei ao cargo de procuradora-geral entendi que não tinha mais como continuar, pois já tinha chegado ao topo da carreira e estava muito jovem. Então decidi ser juíza, queria ser juíza do trabalho, eu estudava para este cargo. Cheguei a fazer 6 concursos. E quando veio o falecimento do meu pai, tomei conhecimento que ele queria que eu fosse juíza no Acre. Aquilo me tocou e fiz a promessa de cumprir o desejo dele e foi quando resolvi fazer concurso para juíza de Direito”.

Mesmo pensando em desistir de prestar o concurso por acreditar que não tinha se preparado o suficiente, Olívia passou em primeiro lugar no primeiro certame que fez para juíza de Direito.

Mãe de 3 filhas, Olívia sempre dividiu suas atividades laborais com as atividades de casa, o que ela chama de trabalho invisível. “Nós mulheres agregamos inúmeras funções. Somos mãe, donas de casa, cuidadoras de nossos pais, e este foi o tema de minha pós graduação e será tema também do meu mestrado’’.

Olívia defende a igualdade de gênero. “Não é o fato de termos peculiaridades como mulheres que nos torna inferiores. Somos todos iguais. Temos a mesma capacidade de trabalho de um homem. Não somos frágeis, somos fortes. Queremos tão somente igualdade”, finaliza Olívia.

Assista a um trecho da entrevista: